quinta-feira, 20 de agosto de 2009

~> Modernismo

Modernismo no Brasil – Semana de Arte Moderna
Nas escadarias do Teatro Municipal, Ronald Carvalho leu o poema “os sapos” de Manuel Bandeira como uma crítica aos modernistas. Isso ocorreu quando o público ia embora “chateados” com a arte inovadora exposta pelos modernistas, o público conservador odiou isso.
Esse poema “os sapos” foi tomado pelas modernistas como uma crítica ao perfeccionismo formal e a obsessiva seleção vocabular da arte parnasiano, ou seja, a linguagem certinha.
A Semana de Arte Moderna mexeu com as estruturas de beleza brasileira.
Houve várias tentativas de uma inovação na cultura como a exposição da Anita Malfati, mas de fato foi a semana de arte moderna que trouxe o sentimento de modernidade e novidade intelectual brasileira. A semana foi do dia 13 ao dia 17 de 1922. Houve um escândalo na sociedade brasileira da época (conservadora) e os modernistas tentaram um rompimento radical.
Com o patrocínio de Graça Aranha, uma celebridade os modernistas tiveram muito mais ênfase.

13/02/1922
A semana foi aberta com um discurso de Graça Aranha, e Ronald de Carvalho falou algumas coisas.
No dia 17 houve a apresentação musical de Villa Lobos (música erudita).

Com esse evento inaugurou-se a fase heróica do Modernismo brasileiro, caracterizada pela rebeldia, pela ruptura dos movimentos antigos.
Eles não copiaram a arte antiga, e sim fizeram um processo de antropofagia, queriam transformar a cultura em algo próprio.
Haveria todo um processo indigestivo.
Os fundadores da semana de arte modernos foram:
-Graça Aranha
-Mário de Andrade
- Oswald de Andrade
- Villa Lobos
- Tarsila do Amaral
- Victor Brechett
- Menoti Del Picchia
- Plínio Salgado
- Afonso Schmidt
- Sergio Milliet
- Di Cavalcante
O modernismo foi para o Brasil todo através de artigos em jornais e revistas que escandalizaram conservadores e chamavam a atenção para a necessidade de renovação cultural.
A primeira revista foi KLAXON, inovadora desde o projeto gráfico até a publicidade, tinha intenção satírica.

Tempos Modernistas:
1) Libertação: queria a liberdade de gêneros fixos, libertação de tudo certinho como os parnasianos faziam. Tornaram se comuns os poemas com versos livres e brancos. As características são: inovações rítmicas, temas do dia a dia, paródia, humor, linguagem coloquial. Elipses, associações surpreendentes.
2) Nacionalismo: encontro de imagens e ritmos não europeus. Era o momento da África, da arte negra e latina. Pregou a valorização do falar regional. Foi ai que surgiram manifestos importantes: Pau Brasil, Verde Amarelismo(movimento Anta) e Antropofágico.

Pau Brasil:
Escrito por Oswald Andrade e publicado no jornal O correio da Manhã.
O poeta propõe uma literatura vinculada a realidade brasileira, a partir da redescoberta do Brasil.
A principal característica é a valorização dos estados brutos culturais coletivos, através de um nacionalismo crítico.

Verde Amarelismo:
Foi como uma resposta nacionalista ao grupo do pau Brasil.
Formado por Plínio Salgado, Menotii Del Picchia, Guilherme Almeida e Cassiano Ricardo.
Criticavam o nacionalismo afrancesado de Oswald e apresentava como proposta um nacionalismo primitivista, ufanista e identificado com o fascismo.
Depois esse movimento evolui para o Integralismo de Plínio Salgado que partiu da idolatria do tupi e elegeu a anta como símbolo nacional.
Exaltou além do primitivismo, a ingenuidade da mãe pátria,mantendo uma postura conservadora.

Antropofágico:
O grupo se formou com a publicação da revista Antropofagia, que teve duas fases: a primeira com Alcântara Machado e a segunda com Raul Bopp.
Foi uma renovação do pau-brasil e resposta ao movimento anta.
A idéia nasceu da pintura de Tarsila do Amaral, Abapuru (aquele que come em tupi).
A idéia de comer a carne humana foi tomada como símbolo da “devoração crítica”, ou seja, da influência estrangeira.
E sua digestão teria como produto final algo bem brasileiro e assim recriando a história da cultura nacional sem copiar modelos estrangeiros.

Oswald Andrade
Trouxe idéias do futurismo, homem muito polêmico.
Casou-se várias vezes entre elas estavam Tarsila o Amaral e Patrícia Galvão.
Criticava o capitalismo como em Serafim Ponte Grande.
Em suas obras se destacam o nacionalismo que quis recuperar nossas origens primitivas, valorizou a linguagem popular e mostrou o cotidiano moderno.

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